Overdose Nuclear: O conceito do clipe de “Kriatura” retrata fielmente o Brasil
O OVERDOSE NUCLEAR, de Ubatuba/SP, acaba de disponibilizar o video clipe da música “Kriatura”, que fará parte de seu vindouro debut, autointitulado. Com a capa do trabalho assinada por Caio Caldas, da CadiesArt, que já havia trabalhado com a banda na ilustração da demo-tape, Samuel Marques (bateria), Gustavo Albado (baixo), Marcus Goulart (guitarra) e Julio Candinho (vocal) dão os passos finais para o lançamento do álbum. Sobre a música em si, e seu video clipe, Candinho explica que “O retrato da face mais cruel da humanidade, quando o ser humano chega ao seu pior estado, rouba, estupra, mata, distorce tudo a seu bel prazer e interesse, ali mostra a face da Kriatura que habita esse lado escuro do ser. Seus lares, suas famílias, todas as pessoas que vivem em contato com esse tipo de pessoa acaba sujeito a tudo e essa Kriatura é contagiosa, ela se reproduz e se espalha numa velocidade acelerada em um grande ciclo de violência, desespero e dor… Só que as pessoas acabam escondendo essas Kriaturas como monstros em seus armários, preferem ignorar a situação e para isso e o clipe teve o objetivo de dar alguns exemplos horríveis, tipo um: “vocês não vão escapar, a gente vai esfregar a realidade na cara de vocês e vocês vão ter que confrontar isso.”
Assista ao vídeo clipe:
Num contraponto com a realidade do Brasil, “Kriatura” ainda serve como um espelho da realidade brasileira, envolvida em um grande número de tragédias diárias. “violência familiar e feminicídio é uma realidade cruel da vida do povo brasileiro, existe mercado e abuso sexual com crianças no Brasil é só olhar os jornais, vendidos como bichos muitas vezes por próprios familiares. A taxa de elucidação de homicídios no país é uma piada, a justiça é assassinada todo dia, dependentes químicos se multiplicam aos milhares em grandes centros e nosso governo é a lama do descaso total com o ser humano e esses foram só alguns exemplos de como as “Kriaturas” vivem na sociedade e como elas transformam tudo gerando mais Kriaturas nessa já Decadente Civilização Brasileira”.
O disco em si aborda, basicamente, o lado obscuro da humanidade. A capa tem uma aranha alienígena radioativa gigante, tendo presa em suas teias o planeta terra no grande vazio do espaço. Sobre estas conexões, Candinho explica que a capa é uma analogia cósmica. Entenda: “Você já parou para pensar que nunca estivemos tão próximos da aniquilação como espécie? E como tudo parece conectado por teias, manipuladas e orquestradas para cada vez mais próximo do abismo? A aranha significa esse mal que carrega a terra para escuridão, uma versão Lovecraftiana criada por nós para representar o fim dos tempos, ela é a corrupção que atinge a humanidade! E liricamente falando tendo uma conexão muito mais direta com a música “Overdose Nuclear”, que encerra nosso debut que retratando o “Julgamento final” e conclui o trabalho da nossa aranha gigante!”.
E nadando contra a corrente, o OVERDOSE NUCLEAR usa a língua portuguesa para se conectar com a comunidade headbanger. O guitarrista Marcus Goulart explica porque a banda preferiu seguir por este caminho e diz não se importar com o alcance que isso pode gerar (ou não): “O Metal em português sempre foi algo marginalizado no Metal Brasileiro, só que hoje vejo uma mudança onde bandas que começaram a cantar na nossa língua nativa acabam conseguindo ser notadas mais facilmente comparadas às milhares e milhares de bandas que cantam em inglês dentro do Brasil. A maior resistência de ser cantar em português é que acaba sendo um limitador de alcance do trabalho, internacionalmente falando, mas não é algo que nos importamos, só dentro do Brasil existem milhares de cidades e tanto trabalho que pode ser feito no final é isso que importa!”.
“Overdose Nuclear”, o álbum, será lançado em breve, com um track list abrangendo faixas novas e regravações da primeira demo. Na opinião de todos os músicos, “as músicas da demo “Os urros que vêm da rua” receberam uma nova roupagem e alguns ajustes. Estão melhores do que nunca, estão soando incríveis! Elas não perdem em nada para as musicas mais recentes, e retratam muito bem todas as nossas mudanças nos últimos anos, nós sempre nos mantemos evoluindo e arriscando coisas novas e essas musicas são nossas raízes, foi algo muito prazeroso voltar para o estúdio e dar o acabamento e a atenção que elas merecem!”.
Gravada no Family Mob, a música “Kriatura” contou com a produção de Hugo Silva e masterização de David Menezes. O vídeo clipe foi dirigido pelo vocalista Julio Candinho, com roteiro escrito pela própria banda, imagens de drone por Junior Freitas, captação e edição por David Lisboa e fotografia por Matheus Souza. A banda também agradece aos atores: Jardel Pereira, Aline Foltran, Alice Goulart, Natalia Nunes, Pedro Katatal, Solange Sodre, Manuela e Anita Hernandes.
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