Death SS: Steve Sylvester fala sobre as influências de HQs eróticas no novo álbum

Em live realizada no dia 09/11, o canal do YouTube HEAVY CULTURE recebeu o vocalista Steve Sylvester, da banda italiana Death SS. A Itália, além de ser lar de inúmeros cineastas de filmes de terror, como Dario Argento, Mario Bava e Lucio Fulci, também é sede de bandas de Doom/Power Metal épico e de Rock Progressivo como Rhapsody, Doomsword, Time Machine, Domine, Dark Quarterer, Banco del Mutuo Soccorso e Premiata Forneria Marconi. E foi lá que surgiu uma das bandas mais icônicas do Heavy Metal mundial, o Death SS. Na ativa desde 1977 e com dez álbuns de estúdio na bagagem e uma série de singles, splits, álbuns ao vivo e compilações, o grupo carrega uma história de respeito e longevidade, sempre ao comando do enigmático vocalista, que por um breve momento na década de 1990 criou um projeto solo com seu nome, mantendo as mesmas características do Death SS.

Nestes 44 anos de trajetória, a banda forjou verdadeiros clássicos, como “…in Death of Steve Silvester” (1988), “Black Mass” (1989) e “Heavy Demons” (1991), este último uma verdadeira aula de como inserir elementos de horror ao Heavy Metal, e mostrando como não é preciso tocar Black Metal para falar de temas obscuros, vide o que já fazia o Black Sabbath e Blue Öyster Cult anteriormente e como fez o Ghost tempos depois. Envolto numa sonoridade baseada entre o Heavy e o Doom Metal, o Death SS engloba também uma pegada Industrial, bastante sentida no álbum “Panic”, lançado em 2000.

E para falar desta jornada, Steve Sylvester atendeu o HEAVY CULTURE com muita simpatia atenção, onde foi destacado o lançamento do novo álbum, “Ten”, que saiu dias antes do bate-papo no dia 29 de outubro. Indagado sobre a rápida repercussão do álbum, o vocalista disse que tem sido muito boa, e que aguarda uma normalização da situação pandêmica para voltar aos palcos. O Death SS tocará no Wacken em 2022, mas aguarda por shows normais, sem restrições ou limitações ao público, pois, segundo ele, “precisamos de uma troca de energias entre a banda e o público”. Uma das faixas de destaque de “Ten”, lançada como single em setembro, é “Zora”, uma homenagem à personagem de mesmo nome, também conhecida como Mulher Lobo. Transitando entre o terror e o erotismo, os quadrinhos foram lançados no Brasil na década de 1980 e eram proibidos para menores de 18 anos. Sylvester contou que sempre quis fazer algo para homenagear a personagem, revelando também sua imensa paixão por HQs, sendo um grande colecionador de quadrinhos de horror e eróticos.

Questionado sobre sua música preferida em “Ten”, o vocalista afirmou que todas são, que ama todas da mesma forma, explicando que elas foram compostas nos últimos dois anos, ou seja, em plena pandemia, e ainda revelou que a música “Suspiria” não se trata de uma homenagem ao clássico filme de Dario Argento, mas sim a uma HQ de mesmo nome lançada pela editora italiana Annexia¸ especializada em trabalhos voltados ao horror erótico. O HQ “Suspiria – Do Reino das Trevas”, contou com a participação dos artistas italianos como Andrea Bulgarelli, Franco Saudelli e Andrea Jula, e teve capas assinadas pelos artistas gráficos Alex Horley e Nikk Guerra. Todo esse fascínio por HQs e horror está refletido nas capas dos álbuns do Death SS, e este é um trabalho que Sylvester cuida do início ao fim, como explicou na live, dizendo que é muito preocupado com a arte gráfica.

Sobre suas influências, revelou que inicialmente Alice Cooper e Kiss não estavam em sua lista de prioridades, mas sim bandas de Glam Rock, como Slade e The Sweet, e que sua ideia inicial era juntar as influências destas bandas, adicionando o estilo de produção dos filmes de horror da produtora inglesa Hammer Productions e também Punk Rock, que estava surgindo na época e que ele vivenciou, além das sexy comics. Dentre os vocalistas que ele mais admira estão Dave Hill, do Slade, Dan McCafferty do Nazareth, Tom Keifer do Cinderella e Jon Oliva do Savatage. Segundo o italiano, a intenção era misturar todo esse caldeirão de influências e criar algo original, citando ainda durante a live que na época eram todos garotos e que apenas faziam o que gostavam, tornando-se pioneiros ao utilizar elementos satânicos em seu visual, antes mesmo de Venom e Mercyful Fate. Sobre bandas novas, disse que gosta de Ghost e que das bandas brasileiras conhece apenas Sepultura. Com tantas décadas de estrada, Sylvester disse que se orgulha de cada lançamento, e que cada álbum reflete uma parte dele como compositor: “Cada década foi importante, eu nunca parei de estudar, de trabalhar. Para mim o Death SS é uma parte da minha vida. É o que sou dia a dia”.

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A agenda de novembro do HEAVY CULTURE segue no dia 16/11 com o baixista Tobias Cristiansson, do Grave, e no 23/11 a equipe conversará com David DeFeis, vocalista do Virgin Steele. Finalizando novembro, no dia 30 o canal receberá o guitarrista Craig Locicero, do Forbidden.

Créditos da foto: Divulgação

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WarGodsPress

Assessor de Imprensa com a Wargods Press, colaborador da revista Roadie Crew, co-autor do livro Tá no Sangue! e podcaster com o Metal Legacy.

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