Estilista Kelly Vezzaro ressalta a importância de um visual próprio para bandas

Fundadora da marca Unholy Art e com mais de uma década de experiência na criação de figurinos autorais e sob medida, a estilista gaúcha Kelly Vezzaro defende que o visual é parte essencial da identidade de uma banda. Para ela, a estética pode ser tão marcante quanto a própria música, ajudando a transformar shows em experiências completas. “Quando uma banda escolhe investir em sua imagem, ela está criando uma extensão da própria sonoridade. O público não guarda apenas o som, mas também o impacto daquilo que vê no palco”, afirma Kelly.

A estilista lembra que muitos artistas construíram sua reputação também pelo impacto visual. O Kiss se tornou mundialmente reconhecido pelo uso de fantasias e maquiagens icônicas, enquanto hoje em dia o Ghost consolidou sua estética ao reinventar figurinos a cada álbum, trazendo novas versões do personagem central Papa Emeritus. No Black Metal, o 1914 aposta em uma identidade inspirada na Primeira Guerra Mundial, refletida tanto nas letras quanto em suas roupas. Já o Batushka (Patriarkh) leva ao palco vestes inspiradas na liturgia ortodoxa, criando uma atmosfera que se aproxima da teatralidade do próprio Ghost.

1914

Outros exemplos muito conhecidos fazem uso dessa conexão entre som e estética. O Slipknot construiu sua identidade em torno de máscaras perturbadoras e uniformes padronizados, transformando cada membro em um personagem. O GWAR levou o exagero ao extremo, com figurinos grotescos que remetem a monstros e ficção científica. Já o Heilung mergulha na ancestralidade com trajes tribais, adereços naturais como ossos e chifres, e uma performance que lembra rituais antigos. O Twilight Force, por sua vez, aposta em figurinos de fantasia medieval, casando perfeitamente com sua proposta épica e lúdica de seu marcante Power Metal.

Para Kelly, esses exemplos mostram que o figurino não é um detalhe estético, mas parte integrante da comunicação de uma banda: “O estilo não é um acessório: é uma forma de expressão tão poderosa quanto a música. Ele ajuda a contar histórias, a criar atmosferas e a conectar os artistas ao seu público em um nível mais profundo. Particularmente gosto muito da estética mais voltada ao Black Metal, que é meu gênero preferido, então busco inspiração nesse meio para realizar meu trabalho”. Ela acrescenta: “Um figurino bem pensado transforma a apresentação em algo inesquecível. Quando o público lembra de um show, muitas vezes a primeira imagem que vem à mente é visual, antes mesmo da música. É esse impacto que faz a diferença entre uma boa apresentação e uma experiência que fica marcada para sempre”.

Com a Unholy Art, Kelly já vestiu nomes importantes do Metal nacional como Miasthenia, Distraught, Crypta, The Mist, Patria e The Troops of Doom, sempre prezando por um processo artesanal e autoral. Seu trabalho valoriza a identidade de cada artista, entendendo que a roupa no palco não é apenas figurino, é parte da história que ficará na memória do público, basta lembrar nomes clássicos como Kiss, Iron Maiden e King Diamond e perguntar: se eles não tivessem investido no visual, teriam feito o mesmo sucesso?

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WarGodsPress

Assessor de Imprensa com a Wargods Press, colaborador da revista Roadie Crew, co-autor do livro Tá no Sangue! e podcaster com o Metal Legacy.