Spartacus: Dissecando letras e novos arranjos de “Libertae” (Remix 2021)

O debut da banda SPARTACUS, de Porto Alegre/RS, apresenta o que há de melhor no metal cantado em português, com músicas baseadas num heavy metal clássico, pesado e pujante, fruto de décadas de serviços prestados ao som pesado forjado nos pampas. Relançado em março em todas as plataformas digitais, a nova versão do álbum “Libertae” (2004), agora com o título de “Libertae” (Remix 2021), traz inúmeras mudanças sonoras em relação ao seu lançamento original, em trabalho realizado com o produtor Sebastian Carsin, do Hurricane Studios. O relançamento do trabalho celebra os 37 anos de fundação do SPARTACUS, ocorrido em 26 de janeiro de 1985, tendo à frente a predominância dos vocais de Marco Canto e o sempre baixista e compositor Marco Di Martino. Nesta longa trajetória, o grupo chegou a contar inclusive com o baterista Aquiles Priester no início da década de 1990.

“Libertae” (Remix 2021) traz ao público as dez faixas originais do álbum, acrescentando detalhes importantes em algumas delas, como a reinserção de takes e solos do guitarrista Marcelo Riccardi, além da regravação das bases de “Príncipes da Grande Falácia” por Victor Petroscki. A versão da banda neste relançamento também grava na história esta breve formação, com Marco Canto (vocal), Victor Petroscki e Marcelo Riccardi (guitarras), Marco Di Martino (baixo) e Erick Lisboa (bateria). Para entender melhor a diferença entre as duas versões, o baixista o baixista Marco Di Martino detalhou os pormenores que envolvem cada uma das faixas, dissecando também suas letras.

“A Máscara” – quando a máscara cai, a gente vê o que restou de nossa intenção. O que já não é mais e o que efetivamente passou a ser. Ideia de que quebrando o orgulho e reavaliando nossa auto percepção conseguiríamos paz. Diferencial em relação à primeira versão de 2004: ênfase nos teclados após o solo.

“Seguidores da Eternidade” – o futuro de nossa existência, mesmo bem-sucedidos, pode ser apenas o desejo do fim se formos esquecidos por nossos queridos… Diferencial em relação à primeira versão de 2004: arranjo e solo de Marcelo Riccardi.

“Depois da Tormenta” – O céu e a dor. O que restou depois de toda a crise e de todo o abalo. Começo de uma nova jornada. Diferencial: arranjos de Marcelo Riccardi simultaneamente ao teclado de Daniel Sterzi.

“Quando a Chama Faz Arder” – um ciclo que se repete: a amargura, a revolta, a ira, a reação e tudo mais uma vez. É dolorido, mas temos que romper o ciclo e escapar para a evolução e liberdade… Diferencial: introdução de um segundo solo de Victor Petroscki e voz de Marco Canto encerrando o tema.

“Por Que Deveria Saber” – de que adianta ter poder se a necessidade dele é pueril? Que se chegue à necessidade de crescimento para que nossas metas sejam sublimes. Diferencial: violão de Marcelo Riccardi.

“Segredo da Dor” – sem a consciência do segredo de si próprio, não se elimina o mal que nos aflige. O segredo pode estar onde menos se espera, se tivermos coragem de enfrentá-lo. Diferencial: solo de Marcelo Riccardi e exclamação gutural ao final do tema com a voz de Alexandre Prokopiuk (ex-Epitaph).

“Príncipes da Grande Falácia” – a função social ocupada pela vaidade, tolice de quem a exerce e incompreensão de quem a venera. Diferencial em relação à primeira versão de 2004: regravação das bases por Victor Petroski.

“Libertae” – as armadilhas que sequer nos damos conta, a ilusão do destino fácil e do prazer a qualquer custo, o discurso persuasivo e ardiloso até o momento em que caímos, sem poder levantar pelo peso de nossos erros, percebendo que, sem querer, renunciamos à liberdade e ao que antes parecia ter sentido… Diferencial: adição de solo de Marcelo Riccardi.

“Luz” – muito forte para nossos olhos, não se consegue encará-la. Tentamos fugir para qualquer lado em que ela não nos persiga e não nos cegue. Terminamos vivendo na conveniência da escuridão, onde qualquer desejo pode ser real, pois como não vemos nada, tudo será crença e nada será concreto, sem perigo para nossa ilusão. Mas a realidade implacável nem sempre se revela como martírio e também podemos ter uma surpresa feliz tão poderosa quanto a força da maior das infelicidades. Diferencial: remasterização especial.

“No Sul da América Antártida” – o convívio de dois extremos: ternura e violência; e a erupção entusiasta desencadeando uma fuga desenfreada a um epílogo não desejado. Diferencial: inserção de baixo e bateria.

Ouça “Libertae” (Remix 2021) no Spotify:

Foto: José Luís Schuck

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WarGodsPress

Assessor de Imprensa com a Wargods Press, colaborador da revista Roadie Crew, co-autor do livro Tá no Sangue! e podcaster com o Metal Legacy.

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