Apocalypse celebra os 30 anos do álbum “Perto do Amanhecer”
Há exatos 30 anos, em 1995, o APOCALYPSE lançava “Perto do Amanhecer”, seu segundo álbum de estúdio, marcando uma virada importante na carreira da banda e no cenário do Rock Progressivo brasileiro. O disco, lançado originalmente pela gravadora francesa Musea, reunia músicas compostas entre 1991 e 1994 e mostrava uma maturidade crescente tanto nas composições quanto nos arranjos. O álbum foi lançado no Brasil somente no ano 2000 pela gravadora carioca Rock Symphony.
Ouça “A Paz da Solidão”:
Naquele momento, o APOCALYPSE já contava mais de uma década de existência. Formado em 1983 em Caxias do Sul, o grupo vinha trabalhando na construção de sua identidade, com Eloy Fritsch nos teclados liderando boa parte das composições, seu irmão Ruy Fritsch na guitarra, Chico Fasoli na bateria e Chico Casara no vocal e baixo.
Musicalmente, “Perto do Amanhecer” mistura o sinfônico clássico do Progressivo com influências neo-prog, passagens instrumentais elaboradas e alternâncias entre momentos atmosféricos e outros mais vigorosos. As letras em português abordam temas como natureza, misticismo, existencialismo e os mistérios do universo. Essa temática era refletida visualmente na arte da capa, criada pelo Atelier Centro Ação, através do artista plástico Litos, com a ilustração de uma bailarina alinhada ao imaginário progressivo. O encarte foi elaborado por Mauro Machado e Eduardo Kickofel. O teclado de Eloy — incluindo Minimoog, sintetizadores, piano e órgãos — é o eixo sonoro do álbum, criando paisagens ricas que sustentam tanto os solos de guitarra quanto as melodias vocais.
A recepção crítica foi amplamente positiva. “Perto do Amanhecer” foi elogiado pela excelente produção, pela coesão entre letras e arranjos e pelo amadurecimento do grupo em relação ao disco de estreia, o LP “Apocalypse” (1991). Publicações especializadas chegaram a apontar o álbum como um dos principais lançamentos do Rock Progressivo nacional dos anos 1990, destacando que o trabalho não ficava atrás de produções internacionais em termos de qualidade.
O disco também representou o início de um reconhecimento fora do país. A faixa “Notre Dame” foi incluída em destacadas coletâneas da Musea, como a “Le Melleur du Progressif Instrumental” (1995), ao lado de bandas europeias do gênero, e o lançamento abriu caminho para novas oportunidades, incluindo participações em festivais e o fortalecimento da base de fãs no exterior. Entre os temas frequentemente apontados como mais marcantes estão “Terra Azul”, que se tornou um hino em defesa da natureza, “Fantasia Mística”, “Corta”, “A Paz da Solidão” e “Magia”.
Em uma reflexão sobre esses 30 anos de trajetória, o guitarrista Ruy Fritsch recordou com carinho o período: “”Lembro muito bem daquela época. Era uma época de ouro, uma época romântica, e nós, muito jovens, conseguimos aproveitá-la de uma forma que nos moldou como pessoas e como músicos. No álbum “Perto do Amanhecer” conseguimos colocar nossa alma, mostrar em nossa música e em nossas letras, muitas coisas que estavam a tempo perdidas dentro de nós e precisavam transbordar. Lembro como se fosse hoje quando chegou a notícia de um contrato de cinco anos com a gravadora francesa Musea. Isso tudo, há 30 anos atrás, para uma banda brasileira, era surreal, mas, era verdadeiro e muito especial.
O guitarrista destacou ainda o reconhecimento que o álbum trouxe ao grupo: “O disco “Perto do Amanhecer” nos levou mais próximo do que queríamos nos tornar e abriu muitas portas no Brasil e no cenário mundial do rock progressivo. Começamos a ser reconhecidos por nossa música em muitos lugares fora do Brasil e isso nos fez continuar em frente cada vez mais fortes. Na sequência dos anos, lançamos muitos CDs e DVDs, fizemos shows fantásticos e mostramos nossa música a todo o planeta. Hoje, 30 anos depois, eu vejo tudo isso que vivemos com muito orgulho e tenho um carinho especial por esse álbum, por essa época e pelas pessoas que viveram isso conosco”.
Três décadas depois, “Perto do Amanhecer” segue como uma obra de referência, não apenas por seu valor artístico, mas também por simbolizar a persistência de uma banda que ajudou a consolidar o Rock Progressivo brasileiro. Embora no momento esteja num hiato, o grupo não descarta um novo álbum e a estabilização de um novo line-up.
Ouça o álbum via Spotify:
Assista vídeo raro de “Notre Dame”:
Nas fotos, Apocalypse tocando no Bar Opinião com a formação de quarteto do “Perto do Amanhecer” e depois com o Troféu Açorianos.
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